BIOSSIMILARES

Os biossimilares vieram para ficar. E apesar das desconfianças iniciais, preocupações e algum apelo da indústria farmacêutica “dona da fórmula original” eles estão entre nós. Mas afinal o que seriam os medicamentos biossimilares!? Poderíamos compará-los aos genéricos!? 

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Os medicamentos biológicos são produzidos à partir de organismos vivos, célula animal por exemplo. Por meio de engenharia genética, um fragmento de DNA é inserido na célula que passa a funcionar como uma fábrica daquele medicamento. Os biológicos são amplamente usados na Reumatologia, como por exemplo os anti-TNF, e tiveram suas “fórmulas originais” desenvolvidas com alta tecnologia e patenteadas pelos respectivos laboratórios. Quando essa patente expira ele pode então ser “copiado” por outro laboratório gerando assim um biossimilar daquele biológico. 

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Mas ao contrário do que muitos acham biossimilar não são bio-genéricos. Isso porque o medicamento genérico é uma cópia fiel do original, “molécula por molécula”. No caso dos biológicos é praticamente impossível replicar exatamente a molécula original, já que são utilizadas células e meios de culturas diferentes. O biossimilar consegue ser no máximo MUITO similar... 

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É claro que eles são regulamentados pela Anvisa e precisam comprovar sua qualidade, eficácia e segurança para serem aprovados. Mas o fato de ser usado o mecanismo de extrapolação de dados clínicos, ou seja, usar trabalhos do medicamento original e “dizer que”  o biossimilar também funcionaria para aquela indicação adicional gera ainda muita controvérsia. Além é claro da transparência e seriedade que esperamos nos processos de regulamentação e fiscalização para aprovação e produção desses medicamentos. Mas assim como os genéricos eles estão aí para baratear e assim ampliar o uso dos biológicos. Nos EUA já são seis biossimilares aprovados. Talvez nosso maior medo agora não seja mais o fato de os usar. Mas sim o possível “troca troca” entre biológicos e biossimilares a depender de quem estará mais barato naquele “pregão”. E nós ainda não sabemos as consequência disso para o nosso paciente....

 

 

Foto: Gisele Bündchen/Paula La Croix