A Espondilite anquilosante (EA) pertence a uma família de doenças reumáticas chamada espondiloartrites. Pacientes jovens de 15 a 30 anos e do sexo masculino são os mais afetados. É uma doença imunológica e com padrão familiar, porém sua causa exata não é conhecida. Sabemos que não é uma doença infeciosa, e portanto não é também contagiosa.
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Mais de 80% da população mundial sofrerá ao menos um episódio de dor nas costas na vida. Nem toda “dor nas costas” é preocupante, mas o desconhecimento geral dos sintomas faz com que o diagnóstico da EA demore em média 7 anos para acontecer.
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Os sintomas mais suspeitos são:
Rigidez: dificuldade na mobilização da coluna, mais intensa de manhã ao acordar, geralmente com duração superior a 30 minutos.
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Dor na coluna dorsal mais intensa durante a noite, por vezes com irradiação para a frente do peito.
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Dor coluna lombar (no nível dos rins) mais intensas de manhã e durante a noite, na cama, acordando a pessoa durante a madrugada.
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Dor ao nível das nádegas (dores glúteas) e por vezes na face posterior das coxas.
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Dor na região do calcanhar, pela inflamação do tendão de Aquiles e da fáscia plantar.
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Tendinites e artrite periféricas principalmente nos membros inferiores (quadril, joelhos e tornozelos)
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Olho vermelho, por inflamação do olho (uveíte) condição que exige tratamento urgente para evitar sequelas, tais como diminuição da visão.
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Não há cura para a EA mas é possível tratá-la de forma a manter a capacidade funcional e a qualidade de vida, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento realizado pelo Reumatologista engloba o uso de medicamentos, fisioterapia e exercícios, que são adaptados a cada doente. E poderão evitar a complicação que dá nome a doença, a anquilose, que ocorre pela inflamação e “junção” ou “fusão” das vértebras e das articulações sacroilíacas. Só reconhecendo precocemente esse mal podemos tratá-lo de forma rápida e eficaz!