Já não é novidade que existe uma relação entra a radiação ultravioleta (RUV) e as manifestações clínicas do lúpus. Já temos evidências sólidas de que a RUV pode exacerbar um quadro de lúpus pré existente. Mas permanece incerto se ela poderia induzir o desenvolvimento da doença.
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E olha que bacana. A hidroxicloroquina (HCQ) age como uma “proteção” para que a luz UV não seja absorvida. Além de trabalhar contra os efeitos da RUV no DNA da célula que lesa e expõe seu material genético. Estimulando a formação de autoanticorpos e liberação de substância inflamatórias! E nesse Uptodate 2019 do tratamento do lúpus do EULAR a HCQ é recomendada para todos os paciente com diagnóstico de lúpus, salvo contraindicações específicas, devido aos seus múltiplos benefícios.
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Com a dose utilizada não excedendo 5mg por kilo de peso (exemplo: 70kg - 350mg/dia). Essa restrição da dose mostrou diminuir a chance de toxicidade ocular a longo prazo mantendo a eficácia da droga.
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E você já sabe que existem evidências clínicas e experimentais substanciais que apoiam o uso de protetor solar de amplo espectro (proteção UVA e UVB) e com alta fator de proteção como uma medida efetiva para evitar danos induzidos pela RUV. Mas isso só ocorre quando utilizados da forma apropriada, nada de economia!