COM OU SEM METOTREXATO?

O Reumatologista costuma prescrever, quando possível, o metotrexato (MTX) para seu paciente com artrite reumatoide (AR) concomitante aos DMARDs biológicos (anti-TNFs, por exemplo). Pois bem, aquele “comprimidinho” pequenino (inclusive na miligramagem né, e caso seu Reumato for meio cismado com manipulados como eu o paciente acaba tendo que tomar vários comprimidos...), “baratinho” e “chatinho” nos efeitos colaterais poderia mesmo fazer alguma diferença? 


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Recentemente a revista Seminars in Arthritis & Rheumatism publicou a primeira revisão sistemática com síntese de evidências comparando o uso do biológico com a adição do MTX ao seu uso em monoterapia no que se refere a eficácia e segurança. Foram incluídos 16 trabalhos, com um total de 9.965 pacientes, que utilizaram todos os biológicos disponíveis para AR (exceto anakinra e certolizumabe). ㅤ

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 A resposta à terapia após 6 semanas (medida pelo ACR50) foi 32% maior no grupo que fez uso concomitante de MTX.


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 Como esperado, o grupo que usou MTX teve um rico 65% maior de efeitos adversos gastrointestinais, como náuseas. 


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 Existem diferença entre as classes (anti-TNF, inibidores de JAK, etc.) com medicamentos mais “dependentes de MTX” que outros. 


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 Além do efeito sinérgico o MTX pode ajudar a evitar a formação de anticorpos anti-droga. Que podem atrapalhar na ação da medicação e aumentando a chance de falha. O que ocorre especialmente com o adalimumabe, golimumabe, infliximabe e rituximabe.



Ou seja, a depender do biológico utilizado, presença de contra-indicações e caso o paciente não evolua com efeitos colaterais que justifiquem a suspensão... O Reumatologista vai sempre tentar dar essa “forcinha” a mais no tratamento da AR usando o nosso “queridinho” MTX.