Em meio às recentes modificações na dispensação de medicações imunobiológicas para o tratamento da artrite reumatoide (AR). Com a “revisão” pelo Ministério da Saúde de uma Nota Técnica que retirava opções terapêuticas disponíveis durantes anos por uma “versão melhorada”. Que apesar de bater na tecla de custo-minimização, ou seja, indicar primeiro as medicações mais baratas. Deixou em aberto a possibilidade de prescrição de outros imunobiológicos, em situações específicas e mediante justificativa.
A Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) revisou recentemente suas recomendações para o tratamento medicamentoso da AR. Um trabalho notável e muito importante para uniformizar as boas práticas e o manejo baseado em evidências dessa doença. As recomendações foram baseadas em revisão sistemática da literatura e na opinião de um painel de Reumatologistas especialistas em AR. Em setembro de 2016, a Comissão de AR reuniu-se para elaborar perguntas, com base em cenários da vida real, as quais foram aprimoradas, através de múltiplas rodadas de discussão. Ao final do processo, foram selecionadas dez perguntas consideradas essenciais para a elaboração das 11 recomendações finais.
As recomendações foram publicadas recentemente na íntegra na Revista da SBR Radar (disponível no site da SBR – www.reumatologia.org.br). E na edição desse mês da revista Capital Reumato foi publicado o guideline comentado por uma das autoras, a querida Dra. Licia Mota. Aliás, para quem é da área da saúde e busca informações sobre Reumatologia vale a pena a leitura! A revista existe a um ano e meio, tem um layout moderno e artigos com temas que fogem do lugar-comum. A versão online está disponível no site da Sociedade de Reumatologia de Brasília (www.reumatodf.com.br).