Quem tem lúpus sabe que muitas vezes chegar a esse diagnóstico não é assim tão simples. São consultas extensas contando todos os sintomas, exame do “fio do cabelo ao dedão do pé” e uma listinha “básica” de exames. Isso porque nem tudo que parece lúpus é lúpus. E as vezes o que nem parecia muito no começo, depois é. Isso porque o lúpus é uma doença extremamente diferente em casa paciente e não existe um único sintoma ou exame que “feche seu diagnóstico”. E como pode acometer uma variedade grande de órgãos (pulmão, pele, articulações, rins, etc.) pode ser difícil diferencia-la de outras doenças. Focinho de porco, rabinho de porco... ㅤㅤ
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Para nos ajudar nessa “empreitada” os critérios diagnósticos do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) são usados há décadas nas pesquisas sobre a doença. Para melhorar a especificidade e sensibilidade desses critérios e aumentar as chances do paciente com lúpus inicial ser diagnosticado foram propostos novos critérios diagnósticos. Por meio de uma colaboração internacional entre o ACR e a Liga Europeia contra o reumatismo (EULAR). Eles se iniciam com a presença obrigatória do FAN positivo (em títulos de no mínimo 1:80). E após o paciente é avaliado outros em 10 “domínios” cada um com vários itens (sintomas e resultados de exames) e pontuações diferentes. ㅤㅤ
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Essa diferença de pontuação entre os vários itens é uma das novidades (antes todos eram considerados tendo o mesmo “grau de importância”). Acredita-se que dessa forma poderemos excluir mais facilmente outras doenças com sintomas semelhantes. Mas é importante atentar que esses critérios servem para uso em ambiente de pesquisa. É claro que eles “nos guiam” para realizarmos um diagnóstico mais acertado da doença. Mas no “dia a dia” todas as informações do paciente são importantes, não apenas aquelas com uma maior “relevância estatística”. Sem dúvida, quando finalizados, esses novos critérios serão importantes para que no futuro se encontrem tratamentos mais efetivos e individualizados para cada paciente. ㅤㅤ
