Como é importante saber como uma doença se comporta nos pacientes. Para médicos e pesquisadores o padrão de atividade e remissão de uma doença é um fator primordial na definição de estratégias para diagnóstico e tratamento. E para os pacientes parte da angústia pode ser atenuada quando se sabe os “possíveis planos de voo”, né borboletas!? E que assim como sempre existe possibilidade e esperança, também ocorrem eventos inesperados não previsíveis.
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O lúpus é caracteristicamente uma doença com períodos de atividade e remissão, com recidivas inesperadas e calmarias de duração variada. E para tentar desvendar esse futuro um estudo publicado esse ano na revista Lupus investigou os padrões de doença em 267 pacientes lúpicos em Toronto no Canadá e demostrou de forma interessante:
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Aproximadamente 70% dos pacientes seguiram um curso de doença com períodos de remissão, pelo menos dois, seguidos de atividade de doença em um período de 10 anos. E, felizmente, a maioria com mais de 50% do tempo em remissão!
Apenas 10% tiveram remissão sustentada. Aqueles com índices de atividade de doença zerados nos primeiros 5 anos por pelo menos 10 anos.
Apenas 10% mantiveram-se com atividade crônica, nunca entraram em remissão em 10 anos.
E 10% foram chamados de híbridos, pois tiveram apenas 1 período de remissão em 10 anos.
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Pode até ser mais raro, mas a remissão é possível no lúpus! Mesmo naqueles casos com doença renal mais grave ou alterações neuropsiquiátricas. Outra coisa, na maioria dos casos os pacientes conseguiram ficar com poucas recidivas ou em remissão completa após pelo menos 5 anos de tratamento! Então, paciência. A aderência ao tratamento é um fator crucial para a remissão. E infelizmente 43 a 75% dos pacientes lúpicos não fazem seu tratamento corretamente! Destes 33% decidem, por conta, suspender seu próprio tratamento! Sabemos que uma boa resposta inicial ao tratamento foi associado ao curso mais brando. Ou seja, sempre confiantes e mantendo seu acompanhamento e tratamentos regulares!
